sexta-feira, 12 de março de 2010
País quer controlar árvore do princípio ativo do Chanel nº 5
O governo brasileiro quer a inclusão da Aniba rosaeodora Ducke, pau-rosa, no apêndice II da Cites, abrangendo todas as suas partes e derivados. O óleo da árvore é utilizado na composição do mundialmente conhecido perfume francês Chanel N° 5. O linalol, principio ativo do pau-rosa, entra em sua composição.
A proposta será apresentada pela delegação brasileira na 15.ª reunião da Conferência das Partes na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Selvagens da Fauna e da Flora Ameaçadas de Extinção (Cites), que se realizará em Doha (Qatar), de 13 a 25 de março. O Brasil será representado por três técnicos do Ibama e dois do Itamaraty.
O desaparecimento das populações naturais nos Estados do Pará, do Amapá e em grande parte do Amazonas, ocasionado por intensa exploração, a regeneração lenta e o comércio preponderantemente externo, é a justificativa para a solicitação de inclusão do pau-rosa no anexo ll da Cites, informa o Ibama.
Árvore de grande porte, atinge até 30 metros de altura por 2 metros de diâmetro, é muito cobiçada pela qualidade de seu óleo que é utilizado como fixador de perfumes. A espécie compõe a flora das matas de terras altas da Amazônia ocidental. Seus frutos são alimentos para aves, notadamente psitacídeos e aves da família Ramphastidae (tucanos), sua polinização é principalmente por abelhas nativas.
O pau-rosa encontra-se nas listas oficiais de espécies em extinção da Colômbia e Suriname. A forma predatória de sua exploração esgotou o estoque disponível nas Guianas e, em seguida, no Pará.
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